Invasão Paulista em MG – Parte 2

Parte da turma de mais de 30 cervejeiros reunidos em Monte Verde com o Troféu em mãos!
É amigos cervejeiros…o que podia ser melhor, foi! Podemos até estar enganados, mas sinto que participamos de um momento que entrou para o história dos cervejeiros no Brasil. Uma brassagem em plena av. principal de Monte Verde que estava lotada de turistas por conta do feriadão em SP. Sim amigo…. a Acerva Paulista e Mineira fabricaram uma cerveja em plena rua ao redor de muita mas muita gente. Foi este o fim de semana que os Lamas se meteram. Vamos tentar mostrar aqui toda a emoção que foi este fim de semana, não vai ser uma tarefa fácil, mas vamos tentar.
A saga começou há meses e nas últimas semanas uma correria imensa para conseguir o alvará de permissão da brassagem. Muitos telefonemas, contatos ali e aqui e pronto. Sinal verde para invadirmos Monte Verde. A reta final da emoção que culminaria com a brassagem na rua começou na quinta feira a noite, dia 8 de julho, quando tinhamos que levar a cozinha da brassagem (a nano-cervejaria ou brew sculpture que a Colorado doou para a Acerva Paulista) para a sede dos Lamas. Isso tudo porque a grande vedete do encontro, a caminhonete da Colorado  Marta Rocha, iria passar por Campinas sexta muito cedo e ele daria uma carona para a cozinha, como a sede da Acerva Paulista (o Bar Brejas) não abre de madrugada 🙂 levamos a cozinha para a sede dos Lamas, nas magens da rod. D. Pedro.
Marta Rocha e Penélope Charmosa em frente a sede dos Lamas
Sexta feira , dia 09, aportava na sede dos Lamas a famosa Marta Rocha , mas como já falamos em post passados, a Marta Rocha não é carregada por qualquer um …e sim pela Penélope Charmosa, o simpático guincho rosa conduzido pele Roseli…isso mesmo, uma mulher :). Depois de acomodar a cozinhar sobre a Marta Rocha que já estava sobre a Penélope Charmosa, rumamos para Monte Verde.
Chico, David e a piloto da Penélope Charmosa Roseli
Algumas horas depois lá estavamos naquela charmosa cidade. Uma coisa que notamos em Monte Verde é a quantidade de casas que servem cervejas especiais. Muito bacana mesmo…é dificil achar aquelas famosas cervejas por lá. Um paraíso para nós. Em especial um bar com uma generosa carta de cervejas e boas opções na pressão foi nossa base de operação, o bar Beija Flor, comandado pelo Fábio um grande entusiasta das boas cervejas e agora um grande amigo da Acerva Paulista. Iniciamos os trabalhos no Beija Flor, e por lá ficamos por boas horas aguardando o resto da turma chegar. Veio sócio da Acerva Paulista de vários pontos de SP e também os grande amigos Marco e Ronaldo Falcone (que sabiamente já aportaram na cidade um dia antes 🙂 ), Fabiana, Cristiam e Jose Bento da Acerva Mineira.
Renatão panfletando no Beija Flor. Ele distribuia os folders do festival de Inverno.
Fábio, dono do Beija Flor, servindo uma Vitus para a turma.
Pão e Cerveja
Após passar uma agradável tarde no Beija Flor, fomos para a Cervejaria Chope do Fritz. Eramos aguardados pelo dono do Fritz Jörg Schwabe que nos recepcionou com algumas iguarias alemãs além de chopes tirados direto dos tanques de fermentação. A rececpção foi bem calorosa e até uma dupla de alemães estava por lá tocando músicas típicas. Detalhe aqui fica por conta do nome da dupla, uma dupla de irmãos :
Irmão Fuchs 🙂
Chope do Fritz
Como não brincamos em serviço, após o Fritz todos se reuniram na Mansão Acerva Paulista. Os Lamas deixam aqui um agradecimento ao Guilherme que alugou uma belissíma casa para nos alojar 🙂 . O frio estava forte e a pedida foi fazer uma lual em torno de uma fogueira, sem música , no meio da mata que ficava no humilde quintal da casa. E lá ficamos por horas e horas contando vários causos cervejeiros regados com muito chope Estrada Real da Falke Bier (e que cerveja, só conheciamos a versão garrafa, no chope é ainda melhor) e algumas garrafas de Monasterium também da Falke. Porém, o grande dia ainda estava por vir.
Sobreviventes da noite
Sabado, dia 10 de julho, dia oficial da invasão ou melhor da brassagem em terras mineiras. Logo cedo, bem cedo, ainda meio tontos pelo lual da noite anterior, a temperatura estava na casa dos 2ºC , o Elso (depois de pegar umas dicas com o Hugo) aceitou desafio de levar a Marta Rocha, que dormiu na Mansão, para o lugar da Brassagem. Não foi tarefa facil, afinal sabemos que a Marta Rocha não é guiada por qualquer um e o clube seleto de pilotos é restrita a pouquissimas pessoas da Colorado, que dominam as manhas desta já ciquentenária dama. Depois de alguns bons minutos de tensão, ela acordou…e acordou bonito. Começa ali a saga da brasssagem. Com todo cuidado que ela merece o Elso estacionou a vedete do dia, no lugar de destaque e ali ela ficaria até o fim do dia. Chico também madrugou para montar a cozinha e com a ajuda do Marcus lavaram todo o equipamento e coloracam tudo pra funcionar. As 9:30 nosso grande amigo Afonso , da Turma da Cerveja, apareceu com os maltes, tratamos de moer logo e as 10 horas em ponto começava o show…e que show.
Elso pilotando a Marta Rocha
Chico arrumando os equipamentos para a brassagem
Inicio da brassagem
Durante as horas que se seguiram o que vimos foi algo sem precedentes. As pessoas, curiosas com aquelas panelas, paravam, especulavam…e quando ouviam “estamos fazendo cerveja aqui, agora” elas não acreditavam. Comentários como ” dúvido, é mesmo?”, “vai da pra beber hj”, “fica melhor que bohemia?”, ” posso então fazer no meu apartamento?” eram os mais comuns. Não estamos exagerando em falar que centenas de pessoas viram pela primeira vez que era possível fazer cerveja em casa. E era essa o recado que foi passado. Todas saiam extasiados de emoção por descobrir que o tão nobre líquido não era um bixo de 7 cabeças de ser produzido. Mas isso não seria possível sem todos os que participaram da brassagem, todos mesmo…sem excessão ajudaram. Paravam as pessoas nas ruas, explicavam, mostravam as cervejas caseiras disponível. Um show a parte…e aqui homenageamos todas na figura da Vanesca, esposa do Renato, ela foi a grande responsável pelas degustações, ficou atrás do balcão emprovisado na calçada e ali ela distribuía e explicava com maestria os tipos de cervejas, como era feito e etc..a todos que paravam para ver.
Fabiana (CBN), Marco Falcone e Ronaldo Falcone(Falke bier), Jose Bento (Acerva Mineira) e Schuabe (Chope do Fritz)
Esta era a “cara” mais comum das pessoas que passavam pela brassagem.
O cheiro de lúpulo e chocolate (sim usamos chocolate na fervura) estava tão bom que o piloto de um avião quis pousar nas nossas cabeças para ver o que estava acontecendo. Não acreditam? veja aqui:
Mas isso não abalou nossa brassagem…e no fim da tarde a Brown Ale Monte Verdense estava pronta. Missão cumprida, fizemos uma cerveja no meio da rua, em meio a uma multidão de pessoas.
Logo depois em forma de retribuição as Acerva Paulista e Mineira junto com a Falke Bier e a Cervejaria Colorado doaram mais de 60 cobertores para a Secretaria de Turismo de Camanducaia usar em suas campanhas sociais.

Hora da entrega dos cobertores. Se repararem bem tem um post-mix ali no fundo. Usamos ele para matar a sede enquanto iamos entregar os cobertores 🙂

Para comemorar o dia histórico todos os envolvidos nessa boa batalha foram para a Mansão da Acerva Paulista degustar  uma infinidades de Cervejas acompanhadas de um belo churrasco conduzido pelo Hugo ,e que churrasco.
Vou tentar me atrever a lembrar de algumas cervejas que tinhamos:
Falke Estrada Real;
Falke F5, não foi lançada ainda, mas trata-se de uma bohemia pilsen com 50 IBU. Uma delicia, uma das melhores que já provei até hoje;
Profana Marzen;
Pilsen Ave Cesar;
Colorado Indica;
Dubbel do Guilherme;
Weiss do Hugo;
Revolution 32 dos Lamas;
Imperial IPA da Acerva Mineira, brassado no Brew Day da Colorado;
E este churrasco se estendeu madrugada a dentro…entoados por muitos mantras cervejeiros Vikings que o Marco Falcone nos ensinou 🙂
Hugo, o maestro na churrasqueira. Novo gerente de eventos extraordinários da Acerva Paulista
Não  contentes com as lareiras da casa, fizemos uma fogueira no deck.
Acerva Paulista e Acerva Mineira
Nosso Iluminado Marco Falcone 🙂

No domingo ainda não tinha caído nossa ficha sobre o que tinhamos realizado no sábado…aos poucos fomos voltando ao mundo real…limpamos a casa, despachamos a Marta Rocha para Ribeirão, desfizemos o circo e voltamos para Campinas, com o gosto de quero mais!
Turma de Minas….agora vamos esperar o de vc´s e podem ter certeza que iremos.
E para encerrar…aquele clássico momento lama, e advinhem com quem?  Sim…ele mesmo, Magno :
 Magno acendendo cigarro com uma pequena tora.
Pão e Cerveja
David, Chico e Elso – Os Lamas
Fotos e videos:

David - Lamas Autor

David Figueira, doutor em Física pela UNICAMP e fundador da Lamas Brew Shop e da Cervejaria Cogumelo.

Comentários

    Rudolf

    (13 de julho de 2010 - 01:57)

    Realmente um grande encontro! E pensar que no mesmo mes ainda tem o festival! Esse mes vai entrar para a historia da cultura cervejeira do Brasil!
    PS: tinha tambem a Porter Estivador da Schlumbarba (Schlumberg + Barba Bier)

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